Como encontrar livros disponíveis do Kindle UnlimitedComo colocar um livro como descanso de tela no Kindle

A informação está disponível publicamente na página de preços de livros digitais da plataforma, que também deixa claro que o custo é cobrado apenas nesta condição (autores que escolhem a opção de royalties de 35% não têm esse valor deduzido da venda). Outro livro da escritora, Motivos para (não) te encontrar, é vendido em um arquivo digital mais pesado (6,77 MB). Aqui, os valores subtraídos em uma simulação de royalties de 70% são ainda mais altos. Nesse caso, se o livro custasse R$ 5,99, restariam apenas R$ 3,96 do montante original, já que a taxa de entrega do e-book é de R$ 2,03. Finalmente, sobre esse valor, seriam aplicados os 70% da autora — e Bergmann, ao término da operação, ganharia apenas R$ 2,77 pela venda do livro.

Por que existe uma taxa de entrega de e-books?

Essas questões, no entanto, foram levantadas por usuários nos comentários do vídeo que viralizou. A teoria mais plausível é a de que possíveis serviços estariam por trás desse custo, como armazenamento em nuvem, manutenção de servidores e tráfego de dados. Ainda assim, em entrevista ao Tecnoblog, Bergmann critica a cobrança: Vale destacar que o vídeo gravado por Bergmann gerou tanta discussão entre autores e leitores no TikTok, que, até o fechamento desta matéria, contava com mais de 20 mil curtidas, 220 compartilhamentos e 238 comentários. As mensagens se dividiam entre o tom de revolta pela tarifa cobrada e as discussões sobre os possíveis serviços por trás do custo. Lucas Cabrero, escritor do livro Filhos de Janeiro, publicado pelo KDP, é um dos que, na contramão de seus colegas, acha compreensível a existência de uma taxa como essa. Em conversa exclusiva com o Tecnoblog, ele relata, no entanto, não saber avaliar o quão justo é o preço cobrado.

Autores com editora vivem outra realidade

Para essa situação, a autora explicou ao Tecnoblog como funciona a relação do autor com o e-book veiculado: Daglio, que também trabalha nos bastidores do mercado, explica que até mesmo essa distribuição é feita de forma terceirizada pelas editoras, já que, por trás delas, “existem ainda outras empresas responsáveis pela divulgação do livro.” O Kindle Direct Publishing não é o único programa de autopublicação disponível no Brasil, mas além de oferecer determinadas facilidades, como a publicação gratuita e rápida, conta ainda com uma enorme fatia do mercado. Para se ter ideia, em agosto de 2021, segundo dados divulgados pela Veja, a plataforma já havia batido a marca de 200 mil títulos disponíveis no país. Uma popularidade sentida também pelos autores independentes que estão por lá.

Problemas vão além da taxa

Diante disso, a taxa de entrega de e-books parece ser apenas a ponta do iceberg dos problemas com os quais autores independentes têm de lidar. Karen Santos, escritora que possui mais de vinte livros publicados pelo KDP, disponíveis no Kindle Unlimited, explicou a situação ao Tecnoblog: Entre as questões levantadas pela escritora estão a divulgação e conversão de leitores, a experiência final do público (arquivos muito pesados podem não abrir para quem lê pelo app, por exemplo) e até mesmo o mercado de pirataria, que afeta muito as vendas oficiais.

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