Axie Infinity: produtora recebe US$ 150 mi após roubo e anuncia novo gameComo funciona o Axie Infinity

Nesta última quinta-feira (14), o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou novas sanções contra uma carteira Ethereum pertencente ao grupo Lazarus. Investigações do FBI identificaram o endereço em blockchain associado à invasão da Ronin Network e ao roubo de 173,6 mil ether (ETH) dos cofres da organização descentralizada (DAO) e da desenvolvedora Sky Mavis, responsáveis pelo Axie Infinity. Ainda que as autoridades americanas não tenham mencionado diretamente o hack à Ronin Network, as empresas de análise de blockchain Elliptic e Chainalysis confirmaram que o endereço da carteira digital sancionada pelo Tesouro dos EUA é idêntico ao usado na invasão à rede por trás do Axie Infinity. Trata-se do maior ataque hacker a um projeto descentralizado já registrado e do maior roubo de moedas digitais da história, na frente até mesmo do caso da Poly Network, segundo dados da Comparitech. No total, os invasores levaram o equivalente a mais US$ 620 milhões em ether e USDT (stablecoin lastreada no dólar). A carteira sancionada continha 148.000 ETH na quinta-feira e foi descoberta pelo FBI como parte de sua investigação em andamento sobre a ameaça representada pela Coreia do Norte e pelos hackers financiados pelo Estado, como o grupo Lazarus. A empresa de análise de blockchain Elliptic estimou que 14% dos fundos roubados já foram lavados, enquanto outros US$ 9,7 milhões estão em carteiras intermediárias em preparação para a lavagem. As sanções recém-anunciadas pelo Tesouro americano proíbem indivíduos e entidades dos EUA de fazer transações com a conta Ethereum identificada. Isso garante que o grupo criminoso não possa sacar os fundos por meio de exchanges de criptomoedas sediadas nos EUA.

Criptomoedas roubadas podem financiar armas nucleares

No entanto, o mais alarmante é que o maior roubo de criptomoedas da história foi protagonizado por um grupo de hacker envolvido com o governo norte-coreano. Além disso, ainda que essa relação não tenha sido efetivamente estabelecida pelo FBI, os fundos já lavados podem ser usados para financiar planos nucleares de Pyongyang. As investigações apontaram que os hacks e roubos de criptomoedas protagonizados pelo Lazarus, e financiados pelo governo da Coreia do Norte, têm como objetivo driblar sanções americanas e apoiar o projeto nuclear do país. Dessa forma, mais de US$ 86 milhões já foram lavados e dificilmente serão recuperados. O destino desse montante? Provavelmente o programa de desenvolvimento de armas norte-coreano. Segundo a empresa de análise em blockchain, com relatos recentes de que a Coreia do Norte pode estar se preparando novamente para testes nucleares, “a atividade de sanções de hoje destaca a importância de garantir que o Lazarus não seja capaz de lavar com sucesso os lucros desses ataques.” A Ronin Network, de propriedade do grupo de desenvolvedores Sky Mavis, se posicionou recentemente, dizendo que espera entregar um post-mortem completo do roubo de criptomoedas até o final deste mês de abril. Claro, o Axie Infinity e sua rede não foram os únicos alvos dos hackers da Coreia do Norte. De acordo com outro relatório recentemente publicado pela Chainalysis, o grupo Lazarus é o principal suspeito de lançar pelo menos sete outros ataques a plataformas de criptomoedas no ano passado, roubando quase US$ 400 milhões em ativos digitais. Com informações: Techcrunch

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