De acordo com a Guarda de Finanças, autoridade que lida contra o crime financeiro e de contrabando, os canais do Telegram tinham mais de 430 mil participantes. Todos, segundo o órgão, não pagavam nada para ingressar, mas os administradores arrumavam jeitos de ganhar dinheiro com essa atividade. O primeiro método envolvia publicar links de produtos nos canais. Quando as pessoas os compravam, uma porcentagem era comissionada aos administradores. Já a segunda forma de monetização é descrita pela Guarda como “patrocínio”, onde banners eram inseridos nos canais em troca de pagamento dos anunciantes. Os oito suspeitos vivem nas regiões de Lombardia, Piemonte, Veneto, Emilia-Romagna e Campania, enquanto os mais de 430 mil usuários estão espalhados por toda a Itália. A investigação se deu após a Ordem dos Jornalistas da Lombardia denunciar a divulgação ilegal de cópias de jornais e revistas online. Apesar de os canais alvos da operação não terem sido identificados oficialmente, o TorrentFreak apurou que eles divulgavam principalmente revistas, jornais e livros do país. Além disso, alguns outros canais também publicavam filmes, séries, programas de TV e outros conteúdos, todos protegidos pela lei de direitos autorais.
Justiça quer identidade de quem compartilha pirataria
Há algumas semanas, a Suprema Corte de Delhi, na Índia, ordenou que o Telegram fornecesse detalhes de canais e quais dispositivos são usados para divulgar ou vender conteúdos piratas. A ordem se deu após uma professora processar o mensageiro afirmando que seus materiais estavam sendo divulgados sem a autorização dela. Segundo a decisão, o Telegram deveria revelar para a Justiça dados como: números de celular, endereços de IP e emails dos suspeitos. Em defesa, o aplicativo disse que, com base na política de privacidade, nenhuma informação poderia ser divulgada a menos que alguém seja suspeito de terrorismo. Para uma das juízas, que se opôs às desculpas do mensageiro, nem mesmo as leis que protegem a liberdade de expressão na Índia deveriam ser um obstáculo para a empresa fornecer à Suprema Corte os dados solicitados. Com informações: TorrentFreak