Roubaram meu celular, e agora? 5 ações imediatas a tomarJustiça proíbe venda de iPhone sem carregador no Brasil — mais uma vez

A vítima foi o empresário Halysson Paniago, cujo iPhone 13 Pro Max foi furtado no dia 12 de outubro por duas pessoas em uma bicicleta. Horas depois, na mesma data, viu que os bandidos foram capazes não apenas de desbloquear o dispositivo e acessar aplicativos, como também modificar sua senha de uso dos sistemas da Apple, ganhando acesso aos dados disponíveis em seu perfil e à possibilidade de realizar mais alterações no aparelho. O empresário compartilhou com a reportagem alguns registros de seu e-mail pessoal, que mostram uma tentativa de acesso à conta da Apple, com pedido de troca de senha, e um posterior bloqueio da conta por atividade suspeita. Entretanto, na madrugada seguinte, uma segunda mensagem aponta a liberação do iCloud, com a vítima permanecendo, até a publicação, sem acesso a seus dados. De acordo com a vítima, o furto também rendeu um prejuízo financeiro de mais de R$ 30 mil, com os bandidos também realizando transferências via Pix, a partir de seus aplicativos bancários, e até criando cartões virtuais para realizar o pagamento de contas. Das cinco instituições cujos valores foram desviados, três detectaram a fraude e realizaram a devolução, enquanto outras duas, de onde a vítima relata terem saído os maiores valores, ainda não se posicionaram. Empresário do setor de locação de automóveis, Paniago relata ter documentos, contratos, relações de gastos e dados de clientes em seu perfil, além de arquivos pessoais inacessíveis. “Minha atividade profissional está comprometida, pois estou sem acesso a [tudo isso] há quase três meses”, aponta. “Todas as informações estavam salvas apenas na nuvem, onde, teoricamente, estariam guardadas com segurança.” Ele ainda critica a Apple, apontando que os sistemas automatizados da companhia foram capazes de detectar problemas na tentativa inicial de uso da sua conta, para depois, realizar o desbloqueio para os próprios criminosos. “O acesso foi concedido a terceiros, mas para o proprietário [do iPhone], está sendo necessária uma determinação judicial”, completa Paniago. Contata pelo Canaltech, a Apple preferiu não se pronunciar sobre o caso. Até o momento em que esta reportagem foi publicada, como dito, o empresário ainda não havia restabelecido acesso à conta no iCloud, com a justiça, na decisão relacionada à devolução, tendo determinado multa de R$ 200 à Maçã caso o prazo de cinco dias não fosse cumprido.