Como as vacinas atualizadas para a variante Ômicron funcionam?Vacinas evitaram quase 20 milhões de mortes por covid no mundo em um ano

A assinatura genética, que indica como o sistema imunológico vai reagir a um imunizante, pode ser encontrada a partir de um tipo específico de células sanguíneas, os plasmablastos. Estes é que vão produzir os anticorpos contra os antígenos no organismo. A medição desse novo parâmetro deve ser feita sete dias após a vacinação. O intervalo é muito menor que as opções disponíveis hoje, onde cientistas precisam esperar semanas até entender como o organismo reagiu a um imunizante.

Entenda o estudo que prevê reação do sistema imune após vacinação

Para chegar a esta descoberta, os pesquisadores da Stanford University School Medicine, nos Estados Unidos, analisaram amostras de sangue de 820 pessoas entre 18 e 50 anos, que receberam uma entre 13 vacinas consideradas pelo estudo. Vale destacar que o banco de dados usado continha a resposta imune de pacientes a diferentes tipos de vacinas. São os casos de imunizantes que usam a tecnologia do vetor viral ou que carregam em sua composição um vírus vivo ou inativado. Os resultados foram publicados na revista científica Nature Immunology.

Futuro das vacinas com a assinatura genética

“Nossa análise integrada revelou uma assinatura genética comum que prevê a força da resposta dos anticorpos à maioria das vacinas”, afirma Bali Pulendran, professor de microbiologia e imunologia da universidade, em comunicado sobre a descoberta. Se as pesquisas continuarem e a tecnologia se popularizar, uma pessoa poderá fazer um teste poucos dias após ser imunizada e descobrir como o corpo reagiu ao imunizante. Caso a vacina não tenha desencadeado o efeito desejado, é possível pensar em outras alternativas de proteção junto à equipe médica. “Estamos em um novo e empolgante momento neste campo de vacinologia, com a perspectiva de personalizar vacinas para o receptor com base nessas assinaturas moleculares”, sugere Pulendran. Em outras palavras, o pesquisador indica a possibilidade de desenvolver fórmulas específicas conforme as características de cada indivíduo, turbinando as proteções imunológicos. Fonte: Nature e Stanford University